Novo lote de digitalizações: Projeto Fanzines da Casa da Ponte

– Daí, quanto foi o jogo?
– Vai chover / não vai chover?
– Sexta é o último capítulo da novela!

… É.. não se fazem mais papos de fila de mercado como antigamente. Com os últimos acontecimentos políticos do país transbordando e beirando o caos, já tem tempo que as conversas mudaram, que a vida está mais complexa e anda exigindo mais de nosso pobre cérebro de minhoca.

Muita coisa pra se lamentar também. Uma delas: quanto despreparados estamos para debates políticos ou ideológicos! Quase qualquer opinião divergente é respondida com insultos, ofensas, às vezes muito baixas, e infelizmente, não raro, com violência física, o que reflete uma coisa: preconceito e ignorância.

Coloque neste caldeirão ainda mais tensão: medo de estar sendo induzido ou manipulado, de não saber se está do lado que deveria ou de ser confundido com algum “lado” quando defende qualquer argumento.
Sorte a nossa, né pessoal, que o remédio não é tão complicado: informação, cultura, interesse.

Certa vez vi algo colado em um poste: “leia tudo que encontrar pela frente”. Forte hein, tanto pela mensagem positiva quanto por implicar ler muita asneira. Mas ao apreciar este novo lote de “Fanzines da Casa da Ponte”, você vai ter este poder de refletir e decidir por si mesmo se as manifestações, desejos, gostos e desgostos, ideias e posições desse monte de gente de tantos cantos diferentes do país (e opa!, tem um “zine” de Singapura) são relevantes pra você, ou apenas vão melhorar nossas capacidades de tolerância e respeito.Fanzines da Casa da Ponte

Vê aí.

 

Ah.. umas dicas:
Textos sobre sistema carcerário brasileiro e greves, em Cartão-Postal #1 e #6; política e filosofia no Naive; política, demos, literatura conspiratória, humor e rock no Conspiração C.C.A. n°3; Hotel Boys e outros quadrinhos adultos no ASRAMA #2 Ano 2; quadrinhos, política, literatura de banheiro e terrorismo cultural no Ajax; cena queer, resumos bandas e discos em Queer Noise; respeito, Iuguslávia, comida, skate, veganismo e pilhas lá no Nexo Straightedge fanzine; entrevista Empire (Germany) e Mohd no zine HC X Never Say Die X (de Singapura); direitos e conquistas femininas em Libertárias #1; contracultura e literatura de banheiro nos Revolution Culturelle Contre Vol. II e Q Boa; poesia e textos em Regressão Humana e Um dia eu Resolvi Me Calar #1; e os zines “gigantes” Needle #1 Ano1, Aaah!! #2 e Don’t Worry!! #6, com hardcore, entrevistas, resenhas bandas, demos e zines, e o Abacaxicorderosa, com poesias, textos e colagens.

Acervo já digitalizado

Fanzines Lote 2

 

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