Com imenso prazer skatistas Eixo Mole participam deste trabalho primitivo e complexo que é o Monolito, projeto construído por Giulio Sertori, que já frequentou aqui o site Jorle com seu shape e fanzine.
Além dos Eixos Moles Olho Wodzynski, Peterson Caetano e Rafael Urso, participam toda a parte selvagem dos skatistas de Curitiba.
Nada melhor que a própria descrição do trabalho, disponível junto ao video no Youtube, reproduzida à seguir.
MONOLITO é Primitivo e Original: alguns dizem que ele veio do céu, direto do interior do Deus cabeludo; outros dizem que veio do mundo subterrâneo, vomitado pelo Deus absconditus. Independente disso, o fato é que ele teve uma aparição imediata em formato de tumba, de modo que os skatistas arqueólogos o esculpiram até que ele obtivesse o atual formato monolítico, pronto para andar de skate.
Ancestral dos modernos “curbs” veio satisfazer as necessidades primitivas dos skatistas que valorizam o skateboard em sua forma criativa, crua e original. A prática de adoração do Monolito parte não de uma atividade estática ou estética, mas em um ritual de ação dinâmico de atropelamento ou o conhecido “slappy” que possibilita a realização de uma dança ditirâmbica ou dionisíaca – a embriaguez é um aspecto que movimenta o ritual!
Ocorre que, além do ritual externo que é perceptível aos sentidos, há uma dança interna que movimenta o aspecto psíquico do dançarino: uma verdadeira transmutação alquímica no ato de criar movimentos externos e internos. É que o slappy no Monolito abre as portas para novas percepções internas, e estas possibilitam criar movimentos externos originais.
Em última instância, se o Monolito promove a metamorfose do slappy-eiro, há uma transformação que ocorre no grupo; o slappy de um dançarino gera uma reação afetiva em outro dançarino, movimentando-o para um novo slappy e, consequentemente, uma nova reação emocional em outro dançarino, em uma infinita retroalimentação: compõe- se a dança primitiva em um verdadeiro ritual circular com emoções bombásticas – o MONOLITO é um verdadeiro transformador individual e coletivo. E por isso mesmo, encontra-se hoje disponível na Praça 29 de março de Curitiba para qualquer um que queira compartilhar alegria, amizade e por último, mas não menos importante, dançar ao som do concreto gritando!
MONOLITO PRIMITIVO, ORIGINAL Um video filmerd idealizado por: Giulio Sertori, Felipe Barbugiani, Mario Kreb e Olavo Andreucci.
Filmado e editado por Giulio Sertori. Filmagens Adicionais: Mario Kreb, Matheus Luz, Olavo Andreucci, Bruno Pestes, Guilherme Trakinas e Felipe Barbugiani.
SKATERS EM ORDEM DE APARÊNCIA: Felipe Barbugiani, Matheus Luz, Renato Souza, Mario Kreb, Giulio Sertori, Luiz Gaida, Cristiano Caetano Augusto, Imad Hamdar, Olavo Andreucci, Alexandre Mais, Percy Jr., Augusto Akio, Pedro Henrique, Hendrik Santos, Carlos De Andrade, Murilo Marques, Luiz Gustavo, Peterson Caetano, Raphael Urso, Olho Wodzynski, Bruno Prestes, Guilherme Trakinas, Leo Castro, Arthur Cercal, Rafael Meyer, Ezequiel Granado, Marcos Pesch, Ederson Duarte, Luccas Cristalvo, Felipe Espindola, Miguel Oliveira Ary Neto, Lucas Ferreira e Gustavo Maximo. FOTOGRAFOS: Mario Kreb, Gabriel Franco e Olho Wodzynski.
TRILHA SONORA: Giugliodelia – Distorções monoliticas / Clan Dos Mortos Cicatriz – Febre (fato encontra falha) | O Lendário Chucrobillyman – Where Should I Lay My Head Lord? | Deaf Kids – Happiness In Slavery Deaf Kids – We’re Born to Die
AGRADECIMENTOS: PRAÇA 29, DEUS MONOLITO, cimento ,curb, breja, maconha, Chicao, Alexandre Wolf, Clan Dos Mortos Cicatriz, O Lendário Chucrobillyman, Deaf Kids, Nada Bar, Porta, Bar Capivara, Yeah Skateboards, Cripta Skateboards, Tropicalients, Slow Skateshop, Öus, pedra TROVÃO. Todo mundo que partecipou e ajudou em alguma forma. Filmado entre 1 de Fevereiro e 23 de Junho do 2022.