Entrevista com Felipe Urias: TOP jogador de Yu-gi-oh – Grandes torneios, estratégias, e conhecimento do jogo.

Felipe Urias é jogador de yu-gi-oh (veja o que é este jogo neste outro artigo clicando aqui) e tem participado de torneios de grande porte, com centenas de jogadores, dentro e fora do Brasil. Enviei algumas perguntas à ele sobre esta sua experiência em eventos e competições. Checa aí!

 

Jorle: Te conheci não faz muito tempo, mais ou menos quando voltei a jogar yugioh depois de um bom tempo afastado. Isso foi por volta de 2018, época em que você foi o vencedor do Nacional naquele ano, jogando de Magician FTK. Pra começar a entrevista, conta um pouco mais sobre a quanto tempo você joga e quais as suas conquistas mais importantes!

Felipe: Então, comecei a jogar com 16 anos, junto com um amigo do ensino médio, eu sempre participava dos torneios que eu podia, mesmo sendo muito inexperiente, não ganhava mts partidas mas gostava de ir jogar. Terminando o ensino médio eu parei de jogar, e só voltei a 3 anos atrás com 20 anos de idade, dae comecei a me empenhar em jogar competitivamente. Primeira vez q ganhei algo fora de Curitiba foi um torneio 3×3 representando as OTS da América Latina, foi side evento do continental de 2017 do Brasil. Depois em 2018 fiz um top 4 no DSC q foi mt importante pra me dar confiança. E ganhei o Nacional de 2018. Fiz top no continental 2018. Ganhei regional em Joinville, Guarapuava e SP. Topei vários DSCs seguintes e até ganhei o último, agora, em outubro. Topei nacional esse ano e fui desqualificado injustamente, por motivo (na minha opinião) de falta de experiência do head Judge na função, não tendo a chance de defender meu título do nacional. E topei o continental desse ano também.

 

Jorle: Você tem jogado pelo Time Gladiators, de Curitiba. Correto? Qual a diferença entre participar de grandes eventos junto à um time e jogar sozinho? Há vantagens e desvantagens?

Felipe: Então, a questão de time, o Gladiators, é mais um negócio de amigos msm, não é nd promocional, pq eu e meus amigos temos objetivos diferentes em relação ao jogo. Pra mim a melhor parte é mais se reunir msm, jogar umas cartas, dar risada tomando uma cerveja. Competitivamente, quem foca mais é o Gabriel Netz, que treinou pesado junto comigo nesse último nacional e continental, mesmo ele morando em cidade diferente. Mas é pq eu tenho uma personalidade mt forte, posso ser mt chato as vezes em questão de opinião sobre decks ou jogadas, dae tento me controlar pra não perder ou afetar minhas amizades, mas pra todos eu aconselho entrar em um time sim. Não aconselho entrar em um time comigo Hahahah.

Fotos: acervo pessoal F. Urias

Jorle: Um tempo atrás você ministrou um ‘work shop’ para jogadores que querem participar ou melhorar sua experiência em campeonatos grandes. Como foi? Há intensão de fazer novos eventos como esse?

Felipe: A intenção do workshop, foi realmente tentar ajudar o pessoal de Curitiba, pq mt gente não se sente confiante em jogar por falta de experiência. Minha ideia era, além de transmitir conhecimento, motivar a galera, pra que o jogo se tornasse mais atraente pra todos, pra ter uma comunidade maior e com pessoal mais animado em Curitiba.

 

Jorle: Em um jogo tão dinâmico, é comum serem publicadas duas ou mais listas de “Cartas Banidas” (clique neste link para entender o que é a “ban list) por ano, o que faz com que em cada torneio se encontrem decks diferentes para se enfrentar. E claro, seus próprios decks precisam se adaptar ao formato. Neste sentido, o que é importante ter em mente ao se construir um deck para um torneio? O que não muda de ‘lista’ para ‘lista’ ou ao longo dos anos?

Felipe: Para construir um deck, tem que conhecer MT bem o formato, e estar adaptado a possíveis mudanças. Sempre que sai banlist, em vez de reclamar ou criticar, eu só analiso o q mudou e tento simular como ficará o novo formato e tento já me adaptar a ele. Mas a principal dica que eu dou é NÃO SE APEGAR DEMAIS, não só no deck em si, mas em toda a ideia, tem que saber analisar todas as suas ideias de maneira muito crítica. Eu adoro testar decks diferentes do padrão, até jogo semanais com eles, mas sempre sabendo o real nível deles. Às vezes acho que tive uma ideia absurda e que o deck vai ser genial, mas depois dos testes a grande maioria das ideias é descartada. Mas nunca desisto de tentar ideias novas.

 

Jorle: Esta outra dúvida é um tanto subjetiva, mas gostaria da sua percepção: em situações de mesmo deck, ou decks de mesmo “tier” e mesmo nível de jogo dos jogadores, o que se sobressai? Existe um ‘jeito de jogar’ que se difere? Quanto este jeito de jogar pode dar vantagem?

Felipe: Ah, sobre maneira de jogar, até mesmo se você estiver com um deck tier mais baixo, vc pode vencer. Basta estar adaptado ao formato e saber jogar contra todos os decks, conhecer as jogadas de todos os decks do formato e saber onde parar faz toda a diferença. Mas o principal é a tomada de decisão rápida que faz diferença em toda a partida.

 

Jorle: Pra fechar. Como você ou sua equipe se organizam para participar de eventos? Há algum apoio logístico, patrocínio, suporte? Ou são só despesas mesmo, para fazer algo que gosta?

Felipe: Sobre patrocínios, hoje em dia, em nível competitivo, existem muitos times que patrocinam viagens aos seus jogadores, recebendo marketing como retorno, mas não é meu caso. Eu participo de time apenas como forma de amizade, pago todas as minhas viagens, mas pode ser que futuramente eu vá pra algum time maior, que gere patrocínio.

 

Jorle: Obrigado pela conversa e bons jogos!

 

 

Este artigo tem colaboração de mypcards.com/yugioh. Um muito obrigado!

 

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Coluna RGW

Ricardo GosWod: Marido de artista e pai de roqueiro progressivo. Skatista faz 27 anos. Depois de velho suou um tempo no rugby e arbitragem. Escreve sobre o que lhe interessa: amigos espertos, música, skate, rugby, zines, jogos … Trabalha nas horas de folga com projetos gráficos visuais e geoprocessamento. Escreve a Coluna “Sem tempo pra trabalhar” e é criador do projeto MyTrix.

 

 

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